Encerramento do Amor
Duração: 100 min
Classificação indicativa: 14 anos
Dentro de uma grande sala, uma mulher e um homem se falam.É ele que começa a conversa. Ela escuta, atenta, e lhe responde com um segundo monólogo. Eles evocam sua separação, falam do antes e do agora. Pascal Rambert não traz uma resposta pronta à questão: “Quem amamos quando amamos?”.Ele circula pelas possibilidades. Ele não nega os clichês dos quais se utilizam, pelo menos uma vez, aqueles que se separam, que procuram uma razão para o desamor, que revivem suas memórias, as embelezando antes de destruir tudo com
algumas frases assassinas. O rio ininterrupto de palavras, as questões-respostas que se ligam, a respiração contida em uma espécie de maratona entre o medo e a libertação: é aqui,
no coração deste momento doloroso, que Pascal Rambert nos coloca. Na brutalidade de um verbo onipresente, no rigor inacreditável de uma escrita fria e mortal se manifesta um comba-
te impiedoso. Ele ataca e Ela deve lutar contra o desaparecimento que ele quer lhe impor. Eles têm armas iguais, mas não as utilizam da mesma maneira. Há o masculino e o feminino.
Há dois olhares, dois silêncios, dois discursos para dizer a violência de um amor que morre.
Companhia
Formada em 2008 por Ada Luana, Camila Meskell, Diego Bresani, Rodrigo Fischer e Taís Felippe, egressos do Departamento de Artes Cênicas da UnB, a cia brasiliense S.A.I inicia sua trajetória artística com a trilogia Estudos sobre a Violência, formada por Vialenta (2008) e Qualquer coisa eu como um ovo (2012), ambos dirigidos por Diego Bresani, e Terapia de Ris(c)o (2009), dirigido por Diego Bresani e Rodrigo Fischer. Com este projeto o grupo consolida sua linguagem, tendo como foco o trabalho de ator/atriz e o desenvolvimento de uma dramaturgia autoral a partir do processo de escritura de palco. O grupo se consolidou em Brasília entre o ano de 2009 e 2012 com a contemplação em editais de patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do GDF (FAC), aprovando projetos de montagem, circulação e manutenção de grupo. Durante este período a trilogia também participou de importantes festivais como o Festival de Teatro Brasileiro e Riocenacontemporânea (ambos no RJ), Janeiro de Grandes Espetáculos (Recife), Cena Contemporânea e Prêmio SESC do Teatro Candango (Brasília). A partir de 2017, com a estreia de dois novos espetáculos, A Moscou! Um palimpsesto (2017), com direção de Ada Luana, e Encerramento do Amor (2018), dirigido por Diego Bresani, o grupo vem desenvolvendo uma política de nacionalização e internacionalização de seu trabalho circulando com seu repertório por grandes capitais como SP, RJ, BH, Recife e Porto Alegre. Ambos espetáculos participaram de edições de importantes festivais nacionais como o Festival do Teatro Brasileiro (FTB) em 2017 (Belo Horizonte), 2019 (Recife) e 2022 (Salvador) e o Festival Internacional Cena Contemporânea em Brasília em 2017 e 2018. Em 2020, a companhia teve sua primeira experiência internacional, com o espetáculo A Moscou! Um palimpsesto, convidado para integrar o On women’s Festival em Nova York. Em 2023, se apresentou em dois dos mais importantes festivais de teatro da Rússia, o Chekhov International Theatre Festival e o Pacific International Theatre Festival, passando pelas cidades de Moscou, Vladivostok e Ekaterinburg com o espetáculo.
Direção
Diego Bresani é fotógrafo e diretor de teatro, graduado em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília em 2006. Iniciou sua carreira de direção como assistente de Antônio Abujamra e Hugo Rodas no espetáculo Os demônios que teve temporada no CCBB (Brasília e Rio de Janeiro). Já dirigiu diversos espetáculos, entre eles “A História do jardim Zoológico” (2006). O espetáculo ficou classificado entre as 10 melhores peças do ano em São Paulo pela Revista Veja. No mesmo ano foi indicado ao prêmio de Melhor Direção – Prêmio Sesc de Teatro Candango. Dirigiu a trilogia sobre a violência da Cia. Setor de Áreas Isoladas, composta pelos espetáculos: Vialenta, Terapia de Risco e Qualquer coisa eu como um ovo. Todas as peças foram indicadas aos prêmios de Melhor Direção e a Melhor Espetáculo (Prêmios SESC), nos anos 2010, 2012 e 2013 respectivamente. Com as peças viajou para diversos festivais no Brasil, entre eles o Janeiro de Grandes Espetáculos em Recife. Diego também trabalha com fotografia e iluminação teatral profissionalmente desde 2001. Atualmente trabalha entre Brasília e Paris.
Em 2017 elaborou a iluminação do espetáculo A Moscou! com a direção de
Ada Luana. Ainda em 2017 com a parceria da Embaixada Real da Suécia, realizou uma exposição individual AccessAbility no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. Realizou em 2016 a exposição individual Respiro retratos 01 na Galeria Athos Bulcão, em Brasília, onde comemorava 10 anos de carreira. E também a exposição individual AccessAbility no Congresso Nacional. Foi um dos artistas selecionados para expor no Transborda Brasília – Prêmio de Arte Contemporânea na Caixa Cultural de Brasília. Criou e fotografou, juntamente com Gabriel F. a campanha de comunicação da Comédie de Saint-Étienne na França. Em 2015 realizou a exposição individual Tuer/Matar na Galeria Alfinete, Brasília, e a exposição Théàtre no Conservatoire Supérieur d’Art Dramatique, Paris, França.
Elenco
João Campos é brasiliense e trabalha como ator no teatro, cinema e TV desde 2004. A experiência no cinema passa por 32 produções, com destaque para o curta-metragem “Cidade Nova”, produção cearense que lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator na Mostra Oficial do 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Com o curta-metragem “Para Minha Gata Mieze” foi premiado com Melhor Ator no Nola Horror Film Fest 2019 (Nova Orleans/EUA). Destaca-se ainda a atuação como protagonista no longa-metragem “Depois de ser Cinza”, que teve sua estreia internacional no Providence Latin American Film Festival (PLAFF 2020). Na televisão, esteve no elenco da novela “A Lei do Amor”, na TV Globo. Na HBO, integrou o elenco da série “Mais leve que o ar”, sobre a vida de Santos Dumont. Já no Canal Brasil, atuou como um dos protagonistas na série “A Benção”, disponível também na Globoplay. Atuou também na série “O homem do baú”, da Fox/Star+. Nos palcos, atuou em mais de 25 espetáculos teatrais, com destaque para o monólogo “Herculano Demasiado Urbano”, com o qual foi premiado como Melhor Ator no 4º Festival Nacional de Teatro de Floriano (PI) e para “Encerramento do Amor”, que estreou no Festival Internacional de Teatro – Cena Contemporânea (2018). Como júri participou de importantes festivais brasileiros, como o Festival de Cinema de Gramado e a Mostra Internacional de Cinema de São Luís. Atua também como dublador, preparador de elenco e professor em oficinas sobre o ofício da atuação.
Tais Felippe é formada em Ballet Clássico, jazz e sapateado desde 1998 pela EDMB/ RJ. Bacharel em Artes Cênicas pela UNB, MBA em Gestão de pessoas em 2015. Viajou para diversos festivais de teatro como atriz entre 2004 e 2011: Rio de Janeiro, Curitiba, Blumenau, Recife e BSB. Coordenou e ministrou aulas de Ballet na Bodytech/DF de 2007 a 2014. Trabalhou com atletas no Centro de Excelência de Saltos Ornamentais na Universidade de Brasília em 2014 e 2015. Trabalha também com a melhora da performance de atletas de Ginástica Rítmica, Nado sincronizado e Fisiculturismo através da dança. Começou a trabalhar com produção em 2005 no Sesc, produzindo eventos como : Sesc Fest Clown, Festival da Música, Palco Giratório, Mostra de Teatro Candango, produz e dirige espetáculos da Rede Bodytech, em BSB, desde 2008 e, em Goiânia, desde 2015. Produção local dos espetáculos cariocas: “A Fantástica baleia engolidora de circos”, “Branca de Neve”, “Oficina de Figurinos com Raquel Theo” com patrocínio da Caixa Cultural. Idealizadora e produtora da Mostra de Dança “Capital em Dança” que acontece todo ano no mês de junho. Atualmente é atriz do espetáculo “A MOSCOU” e atriz e produtora do “Encerramento do Amor”, além de coordenar um centro físico e criativo em Brasília.
Ada Luana é atriz, diretora teatral, dramaturgista e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade de Brasília. Mestre em Estudos Teatrais pela Universidade Sorbonne Nouvelle Paris III e Bacharel em Interpretação Teatral pela Universidade de Brasília. Ada estreou profissionalmente no teatro em 2004, como diretora e atriz do espetáculo A Mais Forte – o nosso corte, uma livre adaptação do texto de August Strindberg, obra que concorreu ao Prêmio SESC do Teatro Candango 2005, em Brasília. É uma das fundadoras da companhia brasiliense de teatro Setor de Áreas Isoladas. Em 2016, assumiu a direção teatral da companhia criando o espetáculo A Moscou! Um palimpsesto, baseado no clássico As Três Irmãs do dramaturgo russo Anton Tchekhov, obra onde também atua e assina a dramaturgia. Em 2018 estreou o espetáculo Encerramento do Amor do dramaturgo francês Pascal Rambert. Para além do trabalho com a companhia, Ada Luana integrou o elenco de importantes montagens locais e nacionais, colaborando com diretores como Antônio Abujamra e Hugo Rodas. Em 2017 realizou um treinamento intensivo em Viewpoints e Composição com a companhia nova-iorquina SITI Company e a diretora Anne Bogart em Lima/Peru. Atualmente Ada Luana dedica-se à circulação nacional e internacional de A Moscou! Um palimpsesto e se prepara, enquanto diretora, atriz e pesquisadora, para um novo espetáculo.
Ficha Técnica
Direção: Diego Bresani
Autor: Pascal Rambert
Tradução: Marcus Vinícius Borja
Atores: Ada Luana, João Campos e Tais Felippe
Iluminação: Diego Bresani
Fotografia: Henri dos Anjos
Cenografia e figurino: o grupo
Produção: Tais Felippe
Serviço
Espetáculo: Encerramento do Amor
Dias: 17, 18 e 19 de maio
Local: Teatro Poeira: Rua São João Batista, 104 – Botafogo, Rio de Janeiro/RJ
Telefone (21) 2537-8053
Sexta e sábado, às 20 horas e domingo, às 19 horas
Duração: 100 min
Gênero: Drama
Classificação: 14 anos
Ingressos
R$ 40,00 inteira
R$ 20,00 meia entrada
Adquira antecipadamente seu ingresso na plataforma Sympla
Dia 17 Tradução / interpretação em Libras
Dia 17 Bate-papo após o espetáculo
Veja mais do espetáculo e da Cia. em:
Redes Sociais
Instagram: @ciasetordeareasisoladas